Powered By Blogger

sábado, 27 de novembro de 2010

Sexta-feira à noite

Sentada em um canto qualquer da minha nova casa, reflito sobre meus atos, minha nova vida. O frio chega de mansinho lembrando-me que ainda vivo; o vento acaricia meu rosto, balança meus cabelos tentando consolar-me, mas não leva para longe as lembranças de suas palavras. Palavras que tanto quero esquecer, palavras que nunca quero voltar a ouvir. E quanto mais tento esquecê-las mais fundo a faca da lembrança afunda em meu peito. Já pensei em desistir. Desistir de lembrar, de esquecer, de lutar, de cair, de sacudir a poeira e me levantar, desistir de você, do seu amor. Mas no mais profundo de meu ser sei que um sentimento indestrutível ainda brilha. Um dia quando minha busca por uma felicidade distante chegar ao fim, sentarei sob uma sombra qualquer e concluirei que o que sempre quis esteve sempre a minha frente, mas mesmo assim lutei incansavelmente por um dia melhor... com ou sem você.

* Endereçado a quem me deu amor por 19 anos e achando-me pronta, lançou-me ao mundo. Mesmo assim, obrigada. Amadureci um bocado com seus carões e carinhos.
* Postei no sábado, mas o título se refere ao dia em que tal texto foi escrito: numa sexta-feira à noite.

2 comentários:

  1. Andreza. eu não sabia q vc escrevia tão bem, apesar d ser um pouco triste eu adorei seu texto, acho q vou ate roubar ele pra mim.

    Meu melhor amigo nao poderia ter arrumado alguem melhor pra namorar!

    ;*

    ResponderExcluir
  2. Astral um pouco baixo, realmente, mas superável.
    Sim, é? Obrigada, Diogo.

    :*

    ResponderExcluir