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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ela...

Entro em meu quarto e em meio àquele cheiro de vazio te vejo em minha cama, à minha espera. Um sorriso cínico, irônico toma de conta de seu rosto. Respiro fundo e vou ao seu encontro. Felicidade não é o que me domina neste momento. Tento fingir. Deito; sua presença é fria, gélida, silenciosa; adormeço desejando que ao amanhecer você não esteja por perto.
Finalmente acordo e não te vejo. Fecho os olhos e respiro aliviada. Passo o dia inteiro na tentativa vã de te ignorar, evitando ao máximo encontrar-te. Mas quando menos espero vou de encontro a você. Seja ao dobrar uma esquina, em um banco de praça, em uma música, em um mendigo. Você não me deixa, não some, aparece em tudo e a todo momento.
Não sei porque, ao certo, você tem me seguido tanto, tem tentado entrar em minha vida.
Agora, sob seu olhar sombrio, frio, encerro minha rápida fuga da realidade que me prende sem visíveis motivos e volto a me jogar na cama e esperar que tudo mude, esperar que você, Solidão, me deixe só. É irônico mas quero que você vá embora, me deixe só.



Me preparando para dar adeus à Solidão...

Um comentário:

  1. Nossa, que desenvoltura, no começou estava me assustando, parecia conto de terror =), mas me surpreendeu o final. Iria ganhar uma nota escrevendo livros de suspense.
    Estou torcendo por vc amiga, que a solidão encontre um novo hospedeiro e deixe essa menina linda no seu canto. Beijo.

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